Em conversa com o presidente do ARC São Vicente Pereira, Gino Azevedo e com o novo treinador David Rocha, o jornal N ficou a conhecer os objetivos do clube para a época e o processo de construção de um plantel baseado na juventude, mas com a aposta clara no regresso ao Campeonato Sabseg.

Como foi gerir a descida de divisão na preparação da nova época e na construção do plantel para 2023-24?

GA – A descida de divisão nunca é fácil de gerir, em especial porque já estávamos há três épocas no Campeonato Sabseg e, no início da época, prevíamos um percurso tranquilo, na procura do objetivo que era a manutenção. As coisas não correram assim. Foi uma época completamente atípica, aconteceram-nos milhentas coisas, perdemos na segunda jornada o nosso principal guarda-redes, com o mercado praticamente fechado e os outros guarda-redes já comprometidos (não foi fácil arranjar um substituto à altura, tentamos colmatar a dificuldade com dois jovens). Algumas jornadas depois perdemos o nosso jogador Litos, tivemos lesões, várias viroses, o campo teve problemas de iluminação e fomos obrigados a treinar várias semanas quase sem luz… Já perguntávamos o que nos faltava acontecer. Aconteceu-nos tudo, coisas que não conseguimos controlar e os resultados foram acontecendo. Trabalhar sobre vitórias é fácil, trabalhar sobre derrotas é muito mais difícil. O estado anímico dos jogadores não estava bem. Jogávamos bem, mas não conseguíamos marcar. Foi uma época de sofrimento. Acabando esta, arregaçamos as mangas e começamos a preparar a deste ano.

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