José Lacerda ambiciona mais 50 anos para a AA Espinho

As instalações da Associação Académica de Espinho estão a sofrer profundas obras de requalificação, a que se vão seguir obras de ampliação, que vão lançar desafios para a época de 2023-24, mas o presidente José Lacerda acredita que as obras vão projetar o clube para os próximos 50 anos. 

A Associação Académica de Espinho, perto de fazer 90 anos, tem o nome reconhecido a nível nacional.
A Académica de Espinho foi fundada em 1938 por um grupo de 25 estudantes que nunca imaginaram que o clube se encontraria onde está hoje, quase 90 anos depois. Mas o clube teve a sorte de, ao longo dos anos, encontrar pessoas extremamente responsáveis, que gostavam muito da Académica e puseram sempre o clube à frente dos seus interesses pessoais e de outros interesses. Este é um clube que começou sem instalações, continuou em instalações emprestadas pela Câmara de Espinho, mas, na década de 60, os responsáveis perceberam que sem instalações próprias o clube corria o risco de fechar portas, procuraram encontrar soluções e conseguiram adquirir o terreno onde está hoje o Pavilhão Arquiteto Jerónimo Reis. Depois, com muito esforço e com a ajuda de muitas pessoas, construíram o pavilhão que foi inaugurado em 1969. O clube soube sempre crescer de forma sustentada. Mantivemos as nossas instalações, conseguimos acrescentar mais algum património, é um clube que não tem passivo e que está a olhar para o futuro, iniciando um processo de requalificação das suas instalações. Penso que os sócios do clube e os espinhenses em geral têm orgulho em ter na cidade um clube como a Associação Académica de Espinho.

Em que pé se encontra o projeto academista de requalificação e expansão das suas instalações?
A Académica tem o seu pavilhão que é composto pelo pavilhão principal, pelo pavilhão de voleibol, o pavilhão da ginástica e mais dois ginásios. Temos também dois courts de ténis a nascente que estão num terreno subalugado pelas Estruturas de Portugal há mais de 40 anos. Paralelamente, a norte do pavilhão, temos um lote de terreno de seis mil metros quadrados. Metade alugamos à Macdonald’s de Portugal por 30 anos e a outra metade do lote vendemos, mas o nosso objetivo não era nem vender o terreno, nem ter dinheiro, pelo que o valor do terreno será pago em obra, pois o objetivo era requalificar e ampliar as instalações. O processo está a decorrer e já começamos as obras no pavilhão principal.

Mas este não era o projeto inicial.
O projeto inicial começava pela ampliação, com a construção de uma nova nave desportiva que tinha como destino o voleibol e a construção, também a sul, de mais balneários e de outras valências. Mas estas obras irão ocupar uma faixa de terreno de domínio público (junto ao parque de campismo). A sua cedência já foi aprovada em reunião de câmara e pela Assembleia Municipal, por unanimidade, há ano e meio. Agora, estamos à espera de que a autarquia formalize a cedência do terreno sem o qual não podemos ampliar. Entretanto, fomos forçados a iniciar a requalificação, atendendo a que o pavilhão principal necessitava urgentemente de obras, quer a nível do telhado e da iluminação, quer ao nível do piso, que já não se encontrava em condições para a prática de hóquei em patins. Os pavilhões de voleibol e da ginástica também apresentavam problemas estruturais graves, ao nível das paredes e do telhado, que nos causavam sérios receios. Tivemos de tomar medidas e decidimos realizar as obras, que já começaram. Todo o pavilhão principal vai ser requalificado durante os meses de julho, agosto e setembro. Estamos convictos que a 15 de setembro já vamos realizar o Torneio Internacional Solverde (hóquei em patins) no novo piso. Concluído o pavilhão principal, passaremos para os pavilhões de voleibol e de ginástica. Posteriormente avançamos para a ampliação. Aguardamos a formalização da cedência do terreno por parte da câmara.

Leia a grande entrevista sobre a planificação da época para as diferentes modalidades na edição impressa do Jornal N

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