O contrato-programa a celebrar entre o Município e a Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira EM., SA para 2025 estabelece um subsídio de 255 mil euros, aumentando o orçamento em 3%, face a 2024.
A proposta foi aprovada com votos contra do PS, porque as Termas “tem de ter outro impulso que lhe permita ganhar outros patamares”.
O presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Amadeu Albergaria, começou por explicar que a Sociedade tem como objecto social o desenvolvimento da actividade termal que se traduz na exploração comercial turística de estabelecimento termal e utilização de água mineral, que “felizmente o concelho é detentor”, disse
De acordo com o autarca, “a Sociedade é acolhida em 99,52% pela Câmara Municipal da Feira.” “Trabalhamos para fins terapêuticos nas doenças músculo-esqueléticas e as doenças do dia que são as principais terapêuticas das termas das Caldas de São Jorge”, referiu Amadeu Albergaria.
A perspetiva social das termas em relação aos munícipes do concelho assenta no: Programa Termas para todos em 20% para os termalistas residentes do concelho de Santa Maria da Feira que sejam referenciados por médicos; Programas termais para canais precisos (pessoas com carências); Programa Termal Sénior para pessoas com mais de 60 anos; Programa Termas para quem cuida; Programa Termo Kids para crianças; e o Programa Bem-Estar Mental.
A Autarquia apresentou uma proposta de subsídio à exploração de 255 mil euros.
Antes de discordar, Sérgio Cirino (PS) interveio e afirmou que “a Sociedade é fundamental, é um ex-líbris do concelho e deve ser segurada”. Todavia, para o vereador socialista a empresa precisa de ganhar outra notoriedade, desenvolver outros projectos e uma direção comercial com implementação no mercado, “não vai lá só com indicações terapêuticas”.
“Temos uma Sociedade que vai funcionando, mas já devíamos estar num estágio muito maior”, disse Sérgio Cirino, responsabilizando a Sociedade e Turismo de “não conseguirem dar um contrato de efectividade aos funcionários”, que servem a empresa há mais de 30 anos e todos os anos são despedidos em Dezembro e readmitidos em Fevereiro.
De acordo com o PS, o primeiro desígnio quando a empresa entrou para a Câmara devia ter sido acabar com a instabilidade. Para vereador socialista as Termas das Caldas de São Jorge “já deviam ter outros serviços para manter os postos de trabalho e acabar com a precariedade”, sugeriu.
“Já se trata de uma questão de futuro da empresa e não do dinheiro que é subsidiado pela Câmara”, esclareceu Sérgio Cirino, afirmando que “não há futuro, é uma agonia lenta- vai-se caindo”.
O vereador do PS acrescentou que “se tem de dar um outro impulso que lhe permita ganhar outros patamares”, referiu, recomendado que “devia haver uma promoção entre as Termas das Caldas de São Jorge e a empresa municipal Feira Viva, pela grande capacidade de comunicação e marketing.”
Para Sérgio Cirino era o mínimo que a Autarquia poderia fazer- capacitar esta fusão. “Temos a empresa Feira Viva de um lado e a Sociedade e Turismo do outro, isto não liga”, disse, sustentando que ainda “não há identificação das pessoas e da sociedade às Termas.”
O PS declarou voto contra porque “é uma continuidade que não lhes parece boa”. “Temos de mudar de rumo, seja sozinha ou em conjunto para ganhar outros patamares”, concluiu Sérgio Cirino.
Em resposta Amadeu Albergaria afirmou que em relação aos recursos humanos estão a trabalhar para que os trabalhadores sazonais possam vir a ser fixados.
“Não é este o momento, nem é este o mandato para dotar uma estratégia de uma fusão entre a Sociedade e Turismo e o Feira Viva. Porém é uma possibilidade que deve ser, seriamente, ponderada.”
Leia o artigo na íntegra na edição nº397 do nosso jornal.