Enfermeira fez presépio com papel do Jornal N

Todos os anos por esta altura a comunidade hospitalar é convidada a construir, em cada serviço, presépios originais e, preferencialmente, sustentáveis, que posteriormente são fotografados e expostos, para que todos os trabalhadores possam votar no seu favorito.

Sílvia Sousa, natural de Espinho, enfermeira de profissão e apaixonada por artesanato, foi desafiada por uma colega de trabalho, Maria José Baptista, a construir figuras de presépio com materiais recicláveis para decorar o serviço onde trabalham, num hospital da cidade do Porto.

A enfermeira é vencedora do 1º. lugar há três anos consecutivos, com presépios de papel, cápsulas de café e frascos de plástico, não trabalha pelo prémio, mas “pelo prazer que tem na construção de cada peça e pelo entusiasmo e espírito de união que todos demonstram quando elas são expostas.”

Este ano decidiu utilizar papel de jornal, e foi no Jornal N, que os pais recebem semanalmente, que encontrou mais de 98% da matéria-prima utilizada, pois cada edição ofereceu uma palete de cores ideal para colorir cada figura.

A título de exemplo, para o corpo do São José utilizou a edição de 12 de Agosto 2024, que noticiava a viagem medieval e que ofereceu várias tonalidades castanhos e beges. Os patrocinadores do N forneceram os tons de azul e lilás. Para a figura da senhora foram utilizadas as páginas das equipas de futebol popular, e as diversas reportagens do jornal contribuíram para os tons de verde, azul, vermelho, lilás e laranja dos reis magos e do anjo.

Cada peça carrega, não só um compromisso com a sustentabilidade, mas também uma mensagem de luz e acolhimento para os que enfrentam desafios longe de casa, nos corredores dos hospitais.

Estes presépios são mais que um trabalho criativo e artesanal, são um símbolo de como pequenos gestos podem trazer alegria e calor ao coração de quem mais precisa, mostrando que o espírito natalício transcende as paredes e chega onde mais importa.

Ser profissional de saúde não é só aplicar conhecimentos teóricos e científicos, mas é encontrar formas diferentes de levar humanidade e esperança àqueles que nestes dias estão longe das suas famílias, sejam eles profissionais ou doentes.

Leia o artigo na íntegra na edição nº399 do nosso jornal.

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