Por Márcia Valinho e Alcides Alves, vereadores da Câmara Municipal de Ovar.
Na linha da desorientação que tem caracterizado este executivo no que diz respeito a uma manifesta ausência de consciência da importância da preservação de património, traduzida numa nítida erosão cultural em que prevalece a gestão quotidiana, enquadra-se o Cineteatro de Ovar. O edifício foi vendo, ao longo dos anos, adiada a sua prometida recuperação e, agora, por falta de ideias e vontades, tem já lavrada, na mente destes “Donos D’Isto Tudo”, a sua certidão de óbito. Este equipamento cultural, fundado a 30 de Dezembro de 1944 pela Empresa de Melhoramentos de Ovar Lda., projectado pelos arquitectos Francisco Augusto e Luiz Helbling, ocupou um lugar central na cidade, e tornou-se, ao longo dos anos, um símbolo da cultura local, impulsionando o desenvolvimento da zona envolvente e fortalecendo a ligação com a estação ferroviária – consolidando, assim, uma nova centralidade da cidade onde se enquadravam o Mercado Municipal e a Igreja Matriz. Uma zona que, por força da influência cultural das Capelas dos Passos, foi considerada Zona Especial de Protecção.
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