Em causa acumulação de funções de Cristina Tenreiro como docente na Escola Profissional de Paços de Brandão e na Câmara Municipal

Por Filipa Santos

Outrora, bem renomada e dirigida, a Escola Profissional de Paços de Brandão tornou-se no mais recente bastião do PSD de Santa Maria da Feira. Há mais de um ano que a Direção Pedagógica está entregue à actual Presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, Dra. Cristina Tenreiro, que ainda acumula funções como professora no Agrupamento de Escolas de Fiães, perfazendo, assim, três ‘tachinhos’, o verdadeiro ‘trem de cozinha’.

Desde a sua posse, vários funcionários da Câmara Municipal da Feira, sobretudo os afectos ao PSD, bem como, outros membros deste partido, tornaram-se docentes desta escola, num péssimo exemplo dos vícios promíscuos da política. Este facto levanta várias questões éticas e legais:

1- Os funcionários da Câmara Municipal leccionam nesta escola no mesmo horário (08h30-17h) em que, supostamente, deviam exercer as suas funções de funcionários públicos na Câmara Municipal da Feira, ou seja, os horários colidem. (…)

 

Direito de resposta: Cristina Tenreiro

Contactada pelo N, Cristina Tenreiro mostrou-se tranquila e encarou a acumulação de cargos com normalidade. A presidente da Assembleia Municipal e docente entende que essa acumulação provém da iniciativa da própria e que não a impede de desempenhar com competência e tempo ambos os cargos. Além disso, explicou que quer a DGESTE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares], quer a Câmara Municipal, validaram e caucionaram o seu pedido de acumulação de horas: “Os funcionários podem pedir autorização de extensão de horário semanal para 75 ou 100 horas.”, esclareceu. (…)

Direito de resposta: Câmara Municipal de Santa Maria da Feira

Sobre a denúncia em si, cumpre-nos apenas comentar que todas as pessoas, trabalhadoras ou não da Câmara Municipal, são livres e têm o direito de escolher a sua filiação partidária, religião ou qualquer outra condição e, portanto, desde que não colida com o bom desempenho profissional, a vida pessoal dos seus trabalhadores não diz respeito à Câmara Municipal.

Quantos funcionários da Câmara Municipal leccionam na EPPB?

A Câmara Municipal tem conhecimento de um trabalhador que submeteu a aprovação desta autarquia, através da sua Divisão de Recursos Humanos, um pedido de acumulação de funções para docência, ainda em vigor, tendo lesionado na EPPB. No ano lectivo passado, um outro trabalhador da Câmara Municipal leccionou na EPPB, tendo igualmente pedido acumulação de funções à sua entidade patronal, a Câmara Municipal. (…)

 

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