Empresa da família de Salvador Malheiro poderá ser a chave para desbloquear transporte de luvas

A entrevista a Mário Monteiro, ex-militante do PSD Ovar, publicada na edição de 26 de fevereiro, trouxe algumas revelações sobre o modus operandi do partido e a relação por vezes estreita entre o mesmo e a Câmara Municipal, que preside desde 2013. No entanto, ficaram questões por responder. Uma delas, de que forma Salvador Malheiro recebeu os cerca de 15 mil euros que faltavam de um total de 120 mil em luvas combinados com o engenheiro Barros de Sousa, da Binómio Elevado e da Goldpromise, a partir do momento em que, em 2017, Mário Monteiro terá recusado continuar a fazer chegar, via envelopes em numerário, o ajuste de contas. Aparentemente a resposta dá pelo nome de Engasp, uma sociedade por quotas constituída em 2001, onde Malheiro deteve participação e foi gerente até 2013 (cedendo depois a sua quota a um dos irmãos e renunciando ao cargo de gerente para presidir à Câmara Municipal) e cuja sede coincide com a residência dos pais de Salvador Malheiro, em Esmoriz. Através de uma fatura (de 18 de setembro de 2018) e de um cheque (de 9 de novembro de 2018) a que o N teve acesso, é possível verificar uma transferência de um total de 17 mil 500 euros (11 500 da fatura, 6 mil do cheque) da Goldpromise de Barros de Sousa para a Engasp da família Malheiro. Estes documentos estão já na posse das autoridades policiais e judiciais, que procurarão aferir se a coincidência de valores e de datas resultam de uma mera coincidência ou de uma forma alternativa de fazer passar luvas de uma entidade para a outra.

 

Na imagem- Assinatura do contracto de consignação da empreitada de requalificação do Esmoriztur, onde estão presentes o engenheiro Barros de Sousa, o engenheiro Pinto e Salvador Malheiro.

 

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