Assembleia Municipal de Ovar debate saúde, infraestruturas e orçamento

Teve lugar a sessão ordinária da Assembleia Municipal de Ovar de Fevereiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal. A sessão ficou marcada por debates sobre temas cruciais para o concelho, desde a saúde e infraestruturas, até questões ambientais e financeiras, passando por problemas locais, nomeadamente a erosão costeira no Furadouro, deficiências no Serviço Nacional de Saúde local, falta de limpeza pública, problemas com a rede de águas pluviais e a situação económica de algumas empresas. A discussão incluiu também a aprovação de uma alteração orçamental e de apoio financeiro às freguesias, além de um requerimento sobre a auditoria do projecto Esmoriztour. Finalmente, um voto de pesar a Rui Resende encerrou a sessão.

A sessão iniciou com a intervenção do munícipe Carlos Veiros, que expressou forte preocupação com a situação do Hospital de Ovar, um ponto que ecoou nas intervenções de vários deputados. O presidente da Câmara reconheceu a pertinência das preocupações, assegurando que a autarquia está atenta e a trabalhar para encontrar soluções, nomeadamente junto da administração central e do Ministério da Saúde.

Entre as diversas questões levantadas pelos deputados, destacaram-se:

– Problemas na limpeza urbana: a falta de continuidade na limpeza das ruas, especialmente em Válega, foi uma das queixas recorrentes, com equipas de limpeza a desaparecem sem explicação.

– Transbordos de águas residuais: foi também denunciado o transbordo de ramais de águas residuais em Válega, causando sérios problemas ambientais, devido a limitações contratuais com a ADRA e a SIMRIA.

– Inundações no Largo de Santa Camarão: os moradores queixaram-se de inundações devido a obras que alteraram a cota do largo, dificultando o escoamento da água.

– Erosão costeira: a erosão no Furadouro foi novamente um dos temas mais debatidos, com deputados a criticarem a falta de acção do executivo e a questionarem o ponto de situação das obras.

– Outras infraestruturas: foram ainda levantadas preocupações sobre as bicicletas eléctricas, o Vela Areínho, a Estrada Nacional 109 e a requalificação da via férrea.

– Desemprego: foi manifestada preocupação com o possível aumento do desemprego no sector automóvel, com despedimentos em curso na Yazaki Saltano.

– Incapacidade negocial: a falta de capacidade do executivo municipal para negociar com o governo central foi alvo de críticas, com exemplos de problemas que se arrastam há anos. O presidente da Câmara defendeu a actuação do executivo, mencionando contactos recentes com a Ministra do Ambiente e o início das obras no Furadouro para Março.

– Apoios sociais: foi manifestada preocupação com o aumento da pobreza e do número de pessoas em situação de sem-abrigo no concelho.

– Pinhal do Furadouro: o corte de árvores no pinhal em frente ao parque de campismo do Furadouro foi também questionado.

Noutro âmbito a reunião serviu para dar nota de informação municipal e alterações orçamentais.

Leia o artigo na íntegra na edição nº406 do nosso jornal.

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