Após a Atlântida é o novo título de Pedro Miguel Santos. O prosador e poeta, natural de Ovar, apresenta uma obra “sobre a origem mítica do mal, sobre a natureza do homem, hábitos, costumes e vícios, sobre a espiritualidade”. Uma viagem ao universos mais ocultos da espécie humana, através de um registo que combina poesia e prosa, é o que podemos esperar deste livro que será apresentado ao público a 6 de julho no Miradouro Bar, em Cortegaça. “Sobre a espiritualidade direi que ela não é apenas uma roupagem, mas antes o último destino da existência humana. Não raras vezes, esse destino é visto como um desvio para a solidão, quando na realidade é o único caminho possível para alguém que procura a verdade e a cooperação entre todos, porque na espiritualidade que não somente poética ou utópica, está a salvação para quem se procura a si mesmo, nesta dádiva que é a vida. A poesia e a prosa, têm sido a forma que uso para transmitir pensamentos, lamentos, sentimentos e utopias. Sobre a utopia direi que muitas vezes ela é vista como uma impossibilidade, mas em virtude dos artifícios humanos, quantas vezes ela não se tornou realidade, chegando ao quotidiano. Os mitos e lendas, quantas vezes não foram a mais pura metáfora da realidade, uma realidade histórica… chegou a hora de nos questionarmos e abraçarmos uma realidade mágica.”, pode ler-se no boletim de apresentação da obra. Pedro Miguel Silva Santos nasceu no Hospital Dr. Francisco Zagalo em 1977, mas foi criado em Cortegaça. Desde tenra idade, por volta do 2.º ano, começou a interessar-se por ficção científica, absorvendo essa literatura vorazmente. Foi a sua primeira experiência na escrita, uma dúzia de páginas, por volta de 1984. Por volta de 1997, juntou o interesse pela música rock e pela poesia, começando a esboçar as primeiras letras para música. Só em 2016, com o patrocínio do empresário Acácio Coelho, lançou o primeiro livro, intitulado A Ternura e as Sombras. O segundo livro, Moria e Solidão, veio a lume em 2023.