O passado dia 9 de Fevereiro marcou a reabertura da Linha de Leixões, que passa a ligar Leça do Balio a Ovar de forma directa. A retoma do serviço interrompido em 2011 é particularmente benéfica para residentes do concelho de Espinho e Ovar que utilizavam a linha amarela do Metro do Porto: com este serviço, passam a poder chegar à estação final (Hospital de São João) sem recurso a transbordo. A CP espera que esta linha permita também descongestionar a linha amarela de metro, uma das mais fustigadas em hora de ponta.
Frederico Francisco, ex-Secretário de Estado das Infra-estruturas, responsável pelo protocolo entre Infra-estruturas de Portugal, Comboios de Portugal e Câmara de Matosinhos, fez questão de se deslocar a partir de Lisboa para testemunhar o dia 1 da Linha de Leixões.
O novo serviço da Linha de Leixões disponibiliza 60 comboios nos dias úteis (30 em cada sentido) com oferta de dois comboios por hora e por sentido nas horas de ponta da manhã e da tarde. Aos sábados, domingos e feriados, realizam-se 34 comboios, 17 por sentido. Alguns dos comboios definidos nos horários disponibilizados pela CP farão o trajeto entre Leça do Balio (no concelho de Matosinhos) e Ovar – havendo alguns no período noturno que irão até Aveiro. Haverá também situações em que o trajeto se fará apenas entre Leça do Balio e a estação de Porto Campanhã.
A Linha de Leixões, também conhecida como Linha de Cintura do Porto, faz a ligação entre a estação de Campanhã e Leixões, mas nesta fase ainda não será aberta na sua totalidade ao transporte de passageiros, faltando depois levá-la até à estação do Senhor de Matosinhos (o que permitiria descongestionar também a linha azul do metro). Serve uma zona com grande densidade populacional na Área Metropolitana do Porto. Manteve sempre o transporte de mercadorias até ao porto de Leixões e a sua reabertura em 2009 ao transporte de passageiros não teve sucesso devido à baixa procura por parte da população, acabando por fechar dois anos depois. O facto de não haver articulação com outros transportes e de não ter as condições adequadas para a sua utilização foram os motivos apontados para esse desfecho.
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