De 23 a 26 de Maio, o Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua regressou às ruas e praças de Santa Maria da Feira. A 23.ª edição de um dos mais conceituados festivais de rua europeus aconteceu sob o mote da liberdade, em consonância com a celebração dos 50 anos sobre o 25 de Abril de 1974. Assim, não foi de estranhar que alguns dos espectáculos mais aguardados fizessem referência a tão importante data para Portugal. Uns de uma forma subtil, outros de forma manifesta, ninguém quis deixar de evocar a Revolução dos Cravos.
Num recinto mais alargado, os 41 espectáculos que envolveram 190 artistas de 12 países diferentes propuseram-se agradar a todos os públicos e dir-se-ia que conseguiram. Foram muitos os que visitaram Santa Maria da Feira durante os quatro dias do Imaginarius. Locais improváveis tornaram-se em salas de espectáculo ao ar livre, e até as margens do rio Cáster pareciam cenários idílicos de uma cidade boémia. Ditaduras, migrações, colonização, igualdade de género e as relações humanas foram alguns dos temas abordados, tendo tido o seu expoente máximo – na opinião de quem escreve -, em Rozéo e Waterlitz.