“Uma livraria não nos dá dinheiro para comer”

Nas Galerias Cáster, no coração da cidade de Ovar, reside há sete anos a Doninha Ternurenta: o projeto pessoal de Carlos Nuno Granja, professor, e da esposa Maria José Simão, bancária, em torno da literatura infantil. A 1 de dezembro o espaço com livros “fora dos circuitos massificados e marcadamente comerciais” completou o sétimo aniversário, que assinalou com um conjunto de iniciativas – horas de conto, sessões de poesia, apresentações de livros, oficinas de ilustração, conversas – durante as últimas duas semanas.

Partida em falso

A Doninha só chegou à maioridade à segunda tentativa: na primeira, na primavera de 2016, dividiu a casa com um bar de amigos do casal, ocupando um canto do estabelecimento com alguns títulos: “Durou dois meses.”, conta-nos Maria José Simão. “No final de setembro, voltamos a repensar o projeto, com o Carlos cheio de vontade, mas eu nem por isso.” Encontrado o espaço, a inauguração deu-se em dezembro, novamente dividindo a casa com outro negócio amigo, desta feita de joalharia de autor – a partilha perdurou até 2022.

Literatura infantil, mas não só

Quando a Doninha abriu portas, a paisagem livreira da cidade estava dominada pelo eucalipto da grande distribuição: “Naquela altura, não existia uma única livraria na cidade de Ovar. Existiam livros à venda no Continente, na Bertrand (que, entretanto, fechou), e na Papelaria Carvalho – que trabalhava mais com títulos antigos e fora de catálogo. Não havia uma livraria de bairro.”

 

Leia o artigo completo na nossa edição impressa. 

Artigos Relacionados