Carlos Bica entre amigos

Uma sala bem composta, mas não lotada, recebeu na última sexta feira, o contrabaixista Carlos Bica e um dos seus quartetos. Quando se fala da música de Carlos Bica, a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea ao folk, ao rock, ao jazz e às músicas improvisadas.

No planeamento, o público esperava uma noite de jazz improvisado, com Bica no contrabaixo, Eduardo Cardinho no vibrafone, José Soares no saxofone alto e Gonçalo Neto na guitarra. Contudo, por motivos de saúde, este último acabou por não poder estar presente, tendo sido substituído pelo acordeonista João Barradas – membro de um outro quarteto dirigido por Carlos Bica. Essa substituição viria a determinar o rumo do espetáculo: um acordeão não é um instrumento muito comum em concertos de jazz, pelo que Bica, inteligentemente, aproveitou a ausência da guitarra para brindar os espetadores com um concerto híbrido, ora mais próximo do jazz quando Barradas era menos interventivo, ora mais próximo do folk quando este instrumento sobressaía.

 

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