“Histórias do António” despertaram a Capital da Cultura em Fornos

A magia da cultura invadiu Fornos na passada sexta-feira, dia 13 de junho, com o arranque da programação da Capital Concelhia da Cultura. A Capela de Santo António da Lage foi o palco de uma noite inesquecível, onde o espetáculo imersivo “Histórias do António” resgatou e deu nova vida às memórias mais preciosas da comunidade.

Criado no âmbito do projeto Genius Loci – O Espírito do Lugar, as “Histórias do António” foi um espetáculo audiovisual imersivo que, de forma inovadora, entrelaçou arte, património e comunidade. Realizado no adro da histórica Capela, o espetáculo baseou-se em narrativas e memórias locais recolhidas junto da população, envolvendo os próprios habitantes na construção de uma trama que agora ecoa no coração da freguesia.
César Resende, presidente da Junta de Freguesia de Fornos, expressou o seu orgulho e entusiasmo. “Será um momento marcante para a nossa comunidade, para o concelho e quem sabe para o distrito e até mesmo para Portugal”, afirmou, realçando a ambição de que a Capital Concelhia da Cultura se torne mais um marco na história de Santa Maria da Feira. O presidente enalteceu o envolvimento da comunidade, referindo que o “despertar do orgulho fornense” é uma das maiores conquistas deste projeto, que “enche o coração” da Junta de Freguesia.
Amadeu Albergaria, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, partilhou a sua satisfação em ver a ideia da Capital Concelhia da Cultura concretizada, especialmente em Fornos. “É muito bom chegar aqui a Fornos, a este lugar, e ver concretizado uma ideia que saiu da nossa cabeça”, confessou. O autarca sublinhou o poder transformador da cultura, capaz de fazer as pessoas olharem para os espaços de uma forma diferente e de criar um forte espírito de comunidade. Amadeu Albergaria destacou o caráter inovador do projeto, que descentraliza a cultura e permite que as freguesias criem a sua própria programação, valorizando as tradições e os artistas locais.
A escolha da Capela de Santo António da Lage para o espetáculo de abertura não foi aleatória, coincidindo com o dia de Santo António. O presidente da Câmara realçou a importância de celebrar o património e as histórias das pessoas que habitam e moldam a freguesia. “As suas lembranças, as suas recordações. E tudo isto vai ficar para memória futura, e para os nossos filhos poderem ver”, concluiu, reforçando o legado cultural que esta iniciativa pretende deixar.
A programação da Capital Concelhia da Cultura em Fornos promete continuar a dinamizar a freguesia, com eventos como o piquenique comunitário na Ponte dos Três Arcos, agendado para 20 de julho, que visa resgatar e reviver as tradições locais. Durante os próximos seis meses, Fornos será o epicentro cultural do concelho, convidando todos a participar e a descobrir o que a torna tão especial.

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