Manuel Malícia: “A riqueza de Ovar sempre esteve na capacidade de projetar os seus bairros.”

Natural de Arada, Manuel Malícia é uma das vozes mais atentas e respeitadas quanto ao curso do concelho de Ovar.

Esta é a segunda de duas partes de uma longa entrevista concedida ao N: foram discutidos temas como a retenção da juventude, a potenciação de imagens de marca do concelho (como o Carnaval), os desafios da freguesia de Válega, a proteção da costa (em especial do Furadouro) e a preservação da floresta.

Recordamos que, na primeira parte, publicada na edição anterior, o ex-presidente da Assembleia Municipal de Ovar (entre 2005 e 2013) apresentou a sua leitura relativamente ao projeto do TGV, às deliberações recentes no setor da saúde, à “populista” estratégia de comunicação institucional, à “negligente” relação entre a cultura institucional e a associativa, assim como ao “escasso” aproveitamento das infraestruturas – estando convencido de que este ‘estado de arte’ se deve, em grande medida, ao “desinteresse” e à falta de talento dos autarcas em exercício.

 

 

Em relação à retenção dos jovens em Ovar, considera que a dificuldade advém de más políticas ou de fatores exógenos que resultam da menor conexão com as origens observada hoje na juventude?

Genericamente, os jovens vão para os locais onde há dinâmicas: de animação socio-cultural, de serviços, de resposta de emprego e de habitação. Se se conjugar tudo isto, os territórios tornam-se mais juvenis. Se olharmos para o centro de Ovar, que a partir de uma certa hora é uma cidade-fantasma; para o impacto da litoralização no custo da habitação; para a ausência de um polo universitário que seja um gerador de criatividades; e para a falta de resposta do mundo empresarial a uma mão-de-obra altamente qualificada, temos um conjunto de fatores que não são atrativos.

 

Leia a entrevista completa na nossa edição impressa. 

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