Raras são as ocasiões em que o nome de uma arte e o nome de uma pessoa se confundem de um modo tão intercambiável. O nome de Manuel Ramos Costa, desaparecido na semana passada aos 67 anos de idade, encontra-se nesse limiar no que ao teatro de Ovar diz respeito. Neste momento de luto, é permitida a louvável hipérbole que diz que Ramos Costa, como fundador, encenador e diretor artístico, era a Contacto, assim como a Contacto era Ramos Costa.
Do lugar do Poço de Baixo, onde se estreou no teatro Bairro 25 de abril com a peça “O Velho Sobreiro” (que escreveu e encenou) à recriação da Viagem Medieval (que o próprio considera como o máximo currículo artístico granjeado), são incontáveis os contributos de Ramos Costa para o teatro amador do concelho, da região e até para lá dela. A Antena Vareira, que fundou, o Festival de Marionetas de Ovar ou o Carnaval de Ovar são algumas marcas perenes da ubiquidade de um artista total ou, como se diz em linguagem corrente, multidisciplinar.
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