A notícia avançada em primeira mão pelo Diário de Notícias sobre alegadas ‘luvas’ envolvendo Salvador Malheiro têm criado algum mal-estar no seio do concelho. Tal como o N noticiou na edição anterior, uma denúncia anónima afirmou que existem ligações do foro criminal entre o empreiteiro José Barros de Sousa e Salvador Malheiro, relativas às obras do Museu Escolar Oliveira Lopes, em Válega, e do Esmoriztur. A denúncia, entretanto, transitou para o Ministério Público, encontrando-se em investigação. Recebemos Mário Monteiro na nossa redação para contar aos ovarenses a sua versão dos acontecimentos. Em virtude do blackout da Câmara Municipal de Ovar até às eleições legislativas, não nos foi possível ouvir a outra versão. No entanto, o N está convencido de que a breve trecho a autarquia se mostrará disponível. Questionado sobre o que o levou a quebrar o silêncio, explica que não falou na altura porque o seu nome não estava envolvido. “A partir do momento em que a denúncia anónima refere o meu nome, tenho de falar.”, diz. O outro motivo prende-se com defesa de honra. Em causa estão as declarações de Domingos Silva ao DN, considerando que Mário Monteiro “não merece credibilidade”: “Não se diz gratuitamente a um jornal nacional que uma pessoa não tem credibilidade. A credibilidade não se mede por ter uma gravata.”, reagiu. A reação à notícia do DN de 10 de fevereiro foi amena: “Agora é que vem isto a público passado tanto tempo.”, pensou. No mesmo dia, Monteiro recebeu uma chamada de Salvador Malheiro (à qual respondeu por SMS que devolveria mais tarde) e, pouco depois, para sua surpresa, cruzou-se com o próprio no Intermarché de Esmoriz.
Leia a entrevista completa na nossa edição impressa.