Polidesportivo do Barreiro: Uma obra `fantasma´ em Pigeiros

A população de Pigeiros reclama, há cerca de 10 anos, pela conclusão da zona desportiva do Barreiro, um projeto ambicioso que foi interrompido antes de ser finalizado, deixando a freguesia com uma infraestrutura “fantasma” inacabada.

A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira investiu, inicialmente, cerca de 600 mil euros na compra do terreno, terraplanagens e construção do polidesportivo, incluindo a colocação de relva sintética, vedação, caixas de eletricidade e balneários. A captação de água e a instalação da iluminação elétrica também foram realizadas, deixando o projeto parcialmente pronto. No entanto, a obra nunca avançou como esperado.

A União de Freguesias das Caldas de São Jorge e Pigeiros, de acordo com os moradores locais, não deu continuidade à obra, o que resultou no abandono da zona desportiva.

A falta de investimento e a desistência do projeto, em vez de garantir a conclusão de uma infraestrutura vital para a comunidade, causaram frustração entre os moradores. “Não se justifica gastar tanto dinheiro num polidesportivo e não ter dado continuidade”, lamentou um morador.

Ao invés de finalizarem a obra, os recursos foram redirecionados para um novo campo de futebol na freguesia, o que gerou indignação na comunidade, que sente que o dinheiro já investido foi desperdiçado.

O que era para ser uma importante zona de lazer e desporto para a população transformou-se numa ruína. A vedação do polidesportivo está enferrujada e danificada, com módulos da rede roubados, enquanto os balneários estão vandalizados e degradados por dentro.

O que antes era uma promessa de desenvolvimento e bem-estar para os jovens e famílias locais, hoje é apenas um símbolo de promessas não cumpridas. Para muitos, o polidesportivo do Barreiro é a personificação de uma obra fantasma, que ainda hoje deixa uma marca de descaso e desperdício.

O projeto original previa a construção de um campo de futebol, um corte de ténis, um polidesportivo com relva sintética e blocos de habitação social. No entanto, após dificuldades em cumprir os requisitos legais, como a distância de 40 metros, o projeto foi reprovado na primeira fase e, na segunda, a parte da habitação social foi cancelada, deixando apenas a infraestrutura desportiva. Mesmo com essas mudanças, a obra não avançou, e a promessa de um espaço completo de lazer para a comunidade foi ficando cada vez mais distante.

Leia o artigo na íntegra na edição nº406 do nosso jornal.

Artigos Relacionados