A fabricante japonesa Yazaki Saltano vai despedir 364 pessoas na fábrica de Ovar. A empresa fundamenta a decisão com a “situação crítica da indústria automóvel europeia” que abarca outros fornecedores, levando a que “as vendas dos produtos Yazaki estejam significativamente aquém das expectativas”.
Assim sendo, a empresa informou que os procedimentos legalmente previstos já foram accionados: “Neste contexto, a Yazaki Saltano de Ovar é forçada a iniciar um processo de redução de efectivos (…) e, nesse sentido, teve já início a consulta com os representantes dos trabalhadores e sindicatos. Todos os procedimentos legais necessários foram cumpridos e foi criado um Gabinete de Apoio exclusivamente dedicado a este tema, com o objectivo de apoiar todos os trabalhadores afectados, com especial incidência na recolocação”.
Por seu turno, a Câmara Municipal de Ovar indica que tomou conhecimento do despedimento esta quinta-feira e que a empresa aponta a medida como “necessária para salvaguardar o negócio em Portugal, e motivada pela crise em que está o mercado automóvel, sobretudo dos carros eléctricos”. O Município assegura que irá “disponibilizar toda a ajuda que a empresa e os trabalhadores necessitem, dentro das suas competências e com os instrumentos que tem ao seu dispor, para garantir a salvaguarda económica e social das pessoas afectadas por essa decisão”.
Os trabalhadores foram informados esta tarde pela administração da empresa de componentes eléctricos para automóveis. Fonte do sindicato SITE Centro Norte, afecto à CGTP, indicou que o despedimento será transversal a vários sectores da fábrica e irá afectar, sobretudo, os funcionários mais velhos, que estão mais perto da idade da reforma, e os que estão há menos tempo na fábrica.
A fábrica teria excesso de trabalhadores para a produção actual, de acordo com o mesmo sindicato. A autarquia assegurou que irá disponibilizar toda a ajuda que a empresa e os trabalhadores necessitem, dentro das suas competências e com os instrumentos que tem ao seu dispor, para “garantir a salvaguarda económica e social das pessoas afectadas por essa decisão”.