Nono lugar na Primeira Divisão distrital na ultima época, a Associação Desportiva de Nogueira da Regedoura parte para a temporada 2023-24 com ambições renovadas. O N esteve à conversa com o presidente Vítor Vieira (VV) e o responsável da formação Carlos Gomez (CG). As modernas instalações do clube, as dificuldades na manutenção de jogadores e o novo departamento de formação em parceria com o SC Braga conduziram a conversa.
A equipa terminou a época dois pontos acima da linha de água. Que balanço faz da época?
VV: Continuo a achar que o balanço é positivo, porque o nosso objetivo era a manutenção. Nunca foi lutar por lugares cimeiros ou pela subida. Sabemos das nossas dificuldades e temos os pés assentes na terra: neste momento ainda não temos uma estrutura que nos possa levar para outros campeonatos. Nos últimos anos fizemos um investimento grande nas infraestruturas do clube e o foco é saldar todas as dívidas contraídas para conseguir esta bonita obra. Perdemos muitos jogadores da época anterior, incluindo o guarda-redes que era uma pedra fundamental na equipa. Tudo isso levou a um mau arranque de campeonato que veio ditar esta classificação. Se contássemos só a segunda volta, não teríamos ficado neste lugar. À sexta jornada tínhamos zero pontos e éramos os principais candidatos a descer. Conseguimos dar a volta e há que louvar os jogadores e a equipa técnica pelo bonito futebol. Nunca exigimos resultados: entramos sempre para ganhar, mas o que exigimos é entrega, dedicação e que os jogadores se divirtam a jogar.
CG: Internamente, consideramos que a época foi um sucesso. No entanto, há muitos aspetos que a condicionaram. Este ano estivemos muito envolvidos na parte das infraestruturas e deixamos a parte desportiva mais a cargo do treinador. A equipa esteve condicionada desde a primeira jornada: era uma equipa jovem, composta por um grupo de miúdos, alguns dos quais já parados há alguns anos e outros a sair diretamente dos juniores. Teria sido mais fácil contratar jogadores com experiência na I Divisão Distrital, mas o treinador optou por este caminho e a direção apoiou-o. A indefinição no plantel também não ajudou: somos um clube que funciona à maneira antiga, confiamos na palavra das pessoas. Para nós, a palavra vale mais do que uma assinatura. Na fase inicial da época, perdemos alguns jogos por falta de experiência. Estando a ganhar, os miúdos não souberam gerir o jogo e queimar tempo, queriam continuar a ir para cima. São erros que, acredito, este ano não irão acontecer.
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