“Beautiful Men” conquista Prémio Cidade de Espinho no Festival CINANIMA

Os vencedores da 48ª edição do CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho foram conhecidos na gala de prémios que decorreu no dia 16 de Novembro, no Centro Multimeios de Espinho. A curta-metragem de animação “Beautiful Men”, do realizador belga Nicolas Keppens, foi a vencedora do Grande Prémio CINANIMA 2024 – Prémio Cidade de Espinho. Na competição Nacional, o Prémio António Gaio foi atribuído a “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves. A longa-metragem vencedora foi “Memoir of a Snail”, do realizador australiano Adam Elliot.

O Grande Prémio CINANIMA 2024 – Curtas-Metragens – Prémio Cidade de Espinho foi atribuído a “Beautiful Men”, do realizador belga Nicolas Keppens, uma co-produção entre a Bélgica, França e os Países Baixos. O filme retrata a jornada de três irmãos carecas que viajam a Istambul em busca de um transplante capilar, explorando de forma humorística e sensível as inseguranças humanas. O júri destacou “a qualidade da animação, o ritmo dinâmico e a abordagem profundamente humana e divertida.”. Por sua vez, o Prémio Especial do Júri foi atribuído a “A Crab in the Pool”, dos realizadores canadienses Alexandra Myotte e Jean-Sébastien Hamel, uma obra que se evidenciou “pela sua originalidade e sensibilidade ao mostrar o complexo processo de luto”. A curta-metragem “Zarko, You Will Spoil the Child!”, que homenageia as memórias familiares na Croácia dos anos 80, obteve uma distinção.

Na competição Internacional de Longas-Metragens o vencedor foi o australiano Adam Elliot com o seu filme “Memoir of a Snail”. A história de vida de uma estranha que encontra a sua confiança e o seu lado positivo no meio da confusão da vida quotidiana levou o júri a relevar a sua “magnífica e complexa narrativa, com personagens interessantes e uma história comovente que nos fez rir e chorar”. “Flow”, de Gints Zilbalodis, não deixou o júri indiferente e levou uma Menção Honrosa “pela ousadia de realizar uma longa-metragem com linguagem não-verbal”. O filme aborda a história de um gato que procura refúgio, num barco, com outros animais, num mundo onde a raça humana parece ter desaparecido.

Ainda na competição internacional, mas na categoria de estudantes, o prémio principal foi atribuído a “Unrecognized Character Detected”, da chinesa Song Ye, uma obra que mistura ficção científica e filosofia. Para o júri, a obra diferenciou-se pelas “ideias novas e originais, que são apresentadas com uma leveza que não prejudica a sua profundidade. A abordagem lúdica do filme, porém cuidadosa na construção do mundo, imediatamente capturou a nossa atenção”. Já “Dragfox”, da britânica Lisa Ott, levou a Menção Honrosa. A obra que combina a animação com o género musical convenceu pela sua “abordagem ao tema da autodescoberta” de forma “calorosa e convidativa, utilizando a dança e a música para irradiar a alegria e a diversão”.

Quanto à competição entre filmes portugueses, o Prémio António Gaio foi para “Percebes” das realizadoras Alexandra Ramires e Laura Gonçalves. O filme, que também já tinha conquistado o Prémio de Melhor Curta-Metragem no Festival de Cinema de Animação de Annecy, tem o Algarve urbano como cenário, e segue o ciclo completo da vida de um molusco especial chamado Percebes. “O que nos chamou a atenção neste filme foi a sensibilidade com que foi contado. A história é narrada através dos olhos de quem é do Algarve e isso torna a mensagem mais única. Tudo isto está feito com uma técnica incrível com planos muito elaborados e dinâmicos e um estilo muito pessoal e envolvente”, emitiu o júri, em nota. A curta-metragem “Percebes” arrecadou ainda o Prémio do Público.

Leia o artigo na íntegra na edição nº397 do nosso jornal.

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