Partido entende que “empresa israelita com participação no esforço de guerra do genocídio e na ocupação ilegal de colonatos” torna inviável a continuidade da concessão
O Bloco de Esquerda exige que a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro revogue imediatamente a concessão dos transportes públicos à Busway. A empresa é detida em 50% pelo maior fundo israelita de infraestruturas, que participou no consórcio que construiu e agora gere o maior campo de treinos militares israelita, na região de Negev. A empresa está também envolvida na construção nos colonatos ilegais e no muro e barreiras que cercam a Faixa de Gaza.
Os bloquistas consideram “intolerável que a Região de Aveiro mantenha uma concessão com uma empresa que participa activamente no esforço de guerra do genocídio em curso em Gaza e na ocupação ilegal de colonatos, ambas as situações condenadas pelas Nações Unidas”. O Bloco exige, assim, o fim imediato do contrato e anunciou que apresentará propostas nas assembleias municipais da região com esse intuito.
A Busway é o nome comercial da empresa que opera na região através da concessão à Nativ Express Public Transportation. Esta empresa é detida em 50% pelo Noy Fund. Dentro de Israel, o Noy Fund, criado em 2011, tem estado associado aos maiores projectos de infraestruturas do país, da construção de estradas aos projectos de energia renovável, mas também do gás. Um dos maiores projectos, concluído em 2016, foi o da parceria público-privada com as forças armadas israelitas para a construção do maior campo de treinos militares na região do Negev, para onde se deslocaram várias bases de treino até então existentes no território israelita. São 250 hectares de terreno com 250 mil metros quadrados de área construída com capacidade para acolher e formar 11 mil soldados, muitos dos quais viriam a participar nos massacres em Gaza e no Líbano.
Leia o artigo na íntegra na edição nº394 do nosso jornal.