Junta de Anta e Guetim lança comunicado sobre a LAV

No dia 8 de Março fruto das notícias nos diversos meios de comunicação social sobre a Linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa e à sua passagem em Anta e Guetim a Junta de Freguesia local emitiu um comunicado.

No documento a Junta de Freguesia esclarece os cidadãos que o “traçado que está a ser alvo de levantamento cadastral e topográfico nunca foi discutido com a autarquia, nem com os cidadãos, sendo que esta mudança não se encontra integrada no percurso original previamente apresentado à população em Julho de 2023, a chamada “Variante Vila Nova de Gaia”.

Informou que “sabiam que as equipas que estão no terreno foram contratadas pelo consórcio de empresas que concorreu para a construção da linha no troço Porto-Oiã”, mas questionam: “como é que este trabalho está a avançar sem que o traçado tenha sido oficialmente aprovado e apresentado às populações?”

Sendo que “na única solução que teve aprovação ambiental este percurso simplesmente não existe”, pedem esclarecimentos sobre “as mudanças e exigem saber quem as autorizou e com que fundamento”.

“Qualquer alteração significativa pode exigir um novo escrutínio público, e esse é um direito que nos assiste enquanto comunidade. O que não aceitamos é que este processo avance sem clareza e sem escrutínio. O que não toleramos é que as sejam tratadas com desprezo.”, pode ler-se no comunicado.

No documento confirmam que “técnicos no terreno já disseram a proprietários que as suas casas serão demolidas”, contrariamente, ao que terá sido dito em “sessões públicas e reuniões de trabalho anteriores entre a Junta de Freguesia e as Infraestruturas de Portugal” em que houve garantia de que essas casas estavam protegidas.

“Como se explica isto? Como se justifica que um cidadão descubra, pelo acaso de uma conversa, que pode perder a sua casa?”, questionam.

O comunicado termina com a exigência de “explicações e salvaguarda das propriedades e bens materiais das famílias da terra “.

A Junta de Freguesia de Anta e Guetim garante que “vai estar lado de todos os antenses e guetinenses em busca de transparência neste processo”.

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