Em finais de Novembro, o Município de Ovar divulgou os valores e as condições em que as operadoras de postos de carregamento de veículos eléctricos podem licenciar-se e operar no território. O valor inicial a pagar por carregador ao Município é de 1200 euros para a instalação. As empresas concorrentes têm ainda de pagar 943,20€ anuais por carregador mais dois lugares de estacionamento. Por fim, o Município cobrará ainda uma taxa de operação correspondendo a 10% das receitas.
“Este compêndio de taxas o que vai gerar é um preço muito mais alto para o utilizador final.”, defende Telmo Azevedo, da Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos. “Fomentar a sustentabilidade não é tentar lucrar com ela.”, assinala. Já Pedro Faria, da mesma associação, demonstrou igualmente a sua incompreensão no podcast conduzido por Sérgio Magno, da Exame Informática: “Não é normal uma Câmara Municipal pedir uma percentagem por litro de gasolina a um posto de abastecimento que faz o licenciamento.” Quanto aos custos, Pedro Faria aponta para quantias que considera avultadas: “Fazendo as contas por alto, considerando os 2200€ no primeiro ano que são pedidos, facilmente vão representar pelo menos 7 cêntimos por quilowatt/hora na tarifa de operação. É gigantesco. […] Há municípios que operam de forma oposta, ou seja atribuindo os postos de carregamento a quem oferecer uma tarifa mais económica.” Foi referido o caso do Município de Oeiras, que se prepara para dar vantagens a quem carrega o carro no concelho.
Leia o artigo na íntegra na edição nº399 do nosso jornal.