A desagregação de freguesias é uma saga perpétua, uma narrativa de esperança frustrada com promessas adiadas ininterruptamente. Desde a polémica Lei Relvas, que em 2013 extinguiu abruptamente mais de 1000 freguesias, apesar dos esforços para reverter ou, pelo menos, amenizar os impactos dessa medida, as comunidades rurais têm sido palco de uma batalha política que parece não ter fim à vista.

A Lei n⁰ 39/2021 trouxe um raio de esperança ao permitir que as freguesias que assim o desejassem pudessem solicitar a sua desagregação. No entanto, esse processo revelou-se uma montanha-russa de expetativas e desilusões. A criação de um grupo de trabalho específico para lidar com esta questão parecia ser um passo na direção certa, mas, com a queda do Governo de António Costa, o grupo foi extinto, deixando um vácuo no compromisso e na resolução. Caricato do caricato, o grupo de trabalho desagregou-se, as freguesias é que não!

Leia o artigo de opinião de Tiago Afonso na íntegra na nossa edição impressa.