Na madrugada de quinta-feira, 20 de março, um forte temporal assolou várias regiões de Portugal, deixando um rasto de destruição em diversos locais.
A depressão Martinho, responsável por ventos intensos e chuvas torrenciais, fez-se sentir em Lourosa, no concelho de Santa Maria da Feira, em que o mau tempo atingiu de forma, particularmente, devastadora o cemitério local, onde um muro colapsou e causou danos significativos em inúmeras campas e jazigos.
O incidente ocorreu durante as primeiras horas da madrugada, quando as rajadas de ventos que ultrapassaram os 100 km/h e a chuva persistente atingiram a localidade. O muro, que separa o cemitério de uma área adjacente (Campo de Futebol do Lusitânia de Lourosa), não resistiu à força do temporal e ruiu, arrastando consigo terra, pedras e detritos que se abateram sobre as sepulturas. Dezenas de campas ficaram danificadas, com lápides partidas, ornamentos destruídos e, em alguns casos, estruturas mais elaboradas, como jazigos, parcialmente comprometidas.
Os moradores locais acordaram com a notícia do sucedido e descreveram a cena como “desoladora”. “É um lugar de respeito e memória, ver tudo assim destruído parte o coração”, lamentou uma residente em Lourosa, que tem familiares sepultados no cemitério. A força do vento, que terá estado na origem da queda do muro, foi apontada como o principal factor do incidente, agravado pelas condições já fragilizadas de algumas estruturas.
As autoridades locais foram chamadas ao local para avaliar a situação, assim como as equipas da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira estiveram no terreno, desde o início da manhã, para proceder à limpeza e ao levantamento dos prejuízos, que se preveem elevados.
“Estamos a trabalhar para garantir a segurança do espaço e a dignidade que o cemitério merece. Vamos apurar as causas e os danos totais”, afirmou uma representante do executivo da freguesia de Lourosa, sublinhando que os prejuízos são consideráveis, estimando-se que ascendam uns “bons milhares de euros”.
O temporal que atingiu Portugal nesta madrugada deixou marcas em várias zonas do país, mas em Lourosa os estragos concentraram-se, especialmente, neste local simbólico.
Comunicado Lusitânia de Lourosa
Devido à depressão Martinho que se fez sentir de forma extremamente intensa na cidade de Lourosa, o Estádio do Lusitânia de Lourosa e a Academia José Manuel Oliveira foram particularmente afetados, bem como a infraestrutura contígua ao primeiro – o cemitério local.
As entidades nacionais e locais, nomeadamente a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Município de Santa Maria da Feira e Junta de Freguesia de Lourosa estão a acompanhar de perto as graves consequências, materiais e sentimentais, do fortíssimo impacto desta depressão nos referidos locais.
Os prejuízos são particularmente avultados e irão requerer especial atenção e compreensão de todos os envolvidos, no sentido de disponibilizar os recursos necessários para, com a brevidade possível, ser reposta a normalidade.
A Direção do LLFC
